As Ilhas Borromeu, circundadas pelas águas cintilantes do Lago Maggiore, são um dos tesouros paisagísticos mais belos da Itália. Meta amada por escritores e mesmo por membros da nobreza europeia, as Ilhas são famosas em todo o mundo por combinarem de forma elegante beleza natural e rico patrimônio cultural e artístico. Conheça um pouco mais do raro encanto que poderá encontrar por aqui!
A família Borromeu
As Ilhas Borromeu são assim chamadas porque pertencem, há mais de 400 anos, à família Borromeu, que muito contribuiu para a beleza e o enriquecimento artístico da região. O atual herdeiro da linhagem é o Príncipe Vitaliano Borromeo, o qual, de um magnífico palacete barroco situado em uma das três ilhas, administra e tutela o patrimônio artístico que recebeu em herança da família. Graças a algumas suas iniciativas as Ilhas Borromeu têm se tornado nos últimos anos uma meta cada vez mais cobiçada pelos turistas.
A Isola Madre (“Ilha mãe”) – Ilhas Borromeu
A Isola Madre é assim chamada pela sua dimensão, sendo a maior das três ilhas que fazem parte do arquipélago Borromeu. Tornou-se propriedade da família no ano de 1500, quando ali decidiram construir sua luxuosa residência: visitando a antiga mansão você poderá ver os móveis originais do século XVII, os retratos dos membros da dinastia e uma coleção de marionetes renomada em toda a Europa.
Mas a mansão é famosa principalmente pelos seus esplêndidos jardins, pois ao longo dos séculos a família Borromeo os enriqueceu com espécies raras de árvores, flores e de animais exóticos: azaleias, glicínias e camélias por entre as quais vagueiam faisões dourados e pavões brancos, tudo numa atmosfera extremamente evocativa, imersa como é na paisagem deslumbrante do Lago Maggiore.
A Isola Bella (“Ilha Bela”) – Ilhas Borromeu
No século XVII Vitaliano Borromeo (antepassado do atual príncipe) convocou dezenas de arquitetos e artistas entre os mais renomados da Europa para que transformassem a Isola Bella num verdadeiro milagre cenográfico: a ideia audaz era tornar a ilha uma espécie de enorme navio flutuante sobre as águas do lago.
Para obter este singular efeito os arquitetos e paisagistas construíram uma série de jardins suspensos, articulados em dez terraços, imitando os Jardins Suspensos da Babilônia, uma das Sete Maravilhas do mundo antigo: deste modo quem passeia pelos jardins tem sempre uma vista panorâmica de todo o lago e assim lhe parece, de fato, estar viajando de navio por sobre as águas!
Além da beleza arquitetônica, os jardins são um verdadeiro milagre botânico. Com efeito, ao longo dos séculos, seus jardineiros não só acumularam mais de 2000 espécies de plantas belíssimas e exóticas, mas o fizeram de tal forma que flores com diferentes cores floresçam por todo o ano, graças a uma hábil seleção de diversas espécies que dão flor em estações diferentes, criando assim um verdadeiro espetáculo de cores que nunca é interrompido. Não é à toa que esta é a residência oficial do príncipe Borromeu e de sua família!
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A isola dei Pescatori (“Ilha dos pescadores”) – Ilhas Borromeu
Esta é a única ilha a não pertencer a família Borromeu. Aqui, ainda hoje, vivem algumas dezenas de famílias, isoladas no meio do lago, e que se dedicam em grande parte à pesca (como diz o próprio nome da ilha) ou ao turismo. De fato, a ilha, graças às suas estreitas ruas e cercada como é pela doce atmosfera do Lago Maggiore, é um dos maiores pontos turísticos da região. Hoje em dia é também possível ali encontrar excelentes pousadas, restaurantes típicos e lojas de produtos locais e italianos de qualidade.
Devido à pequenez da ilha, os edifícios têm todos, geralmente, mais de dois andares e longas varandas, usadas no passado para secar os peixes recém-trazidos do lago. Juntando o campanário da igreja que desponta entre os outros edifícios, tendo o Lago Maggiore e os Alpes como pano de fundo, o resultado é um quadro pitoresco de raro fascínio e beleza!
O parque Pallavicino
Enfim, na cidade de Stresa que fica ali perto na costa do lago, encontra-se um extraordinário parque que também merece ser visitado. Por anos o terreno pertenceu à rica família genovesa Pallavicino, que ali construiu uma luxuosa mansão em estilo neoclássico, cercada por 20 hectares de exuberante natureza. Todavia, desde 2017, o parque passou a fazer parte do complexo turístico das Ilhas Borromeu e é aberto ao público. Aqui também você poderá curtir toda a beleza natural da região, entre árvores centenárias como os carvalhos e as sequoias, e um grande número de animais, entre os quais cangurus, zebras, cervos e até mesmo flamingos rosas, que povoam o parque tornando a sua visita uma experiência realmente inesquecível.
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Foto de capa: Michele / Flickr